26 de maio de 2009

Um Brasil que o brasileiro não sabe que existe, mas ouviu falar dele.

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Eu ouvi falar que existem 5 "Brasis". Eu conheço uns 10 diferentes um do outro, a única coisa em comum é a língua. Pode dividi-los por sotaque. Por expressões regionais. Arrume seu jeito de dividir mais fique certo que são todos um Brasil apenas. Todos os "Brasis" que conheço são lindos, apaixonantes, vibrantes, pacíficos e injustiçados. Diria o mais cético: "mas o mundo também é lindo". O mundo não tem a gente que tem aqui. Não tem diversidade cultural, natural e humana que tem aqui. Mas tem a injustiça que mora aqui. Não transborda sorrisos e alegria. Isso não. Quando trabalhei na aviação me lembro da frase tantas vezes repetida por brasileiros que chegavam de uma temporada no exterior. "Como é bom ser recebido por um brasileiro" ou ainda "Estava com uma saudade deste sorriso" Cada manifestação um sotaque diferente e só um entendimento. Brasileiro é "SALVE SIMPATIA". Só os mal amados, tem brasileiro também, que tem uma dificuldadezinha maior de ser receptivo, mesmo assim são e os fazem com prazer. Unidos por sei lá o que, o país é esta "coisa de loco". A violência tira um pouco do brilho, a magia brasileira coloca, saindo pelo ladrão, o esplendor. Difícil de entender tanta beleza. É tão lindo que dói. Outro dia falei isso para uma moça ela se ofendeu. Que pena. No embalo de Villa-Lobos vamos conhecer ou mesmo recordar a nossa terra. Nas imagens de Sérgio Bernardes temos um país 100% GENTE e como diz o poeta: "bonito por natureza". Que beleza! Que beleza!
Para ver mais acesse o site http://www.sergiobernardes.com.br/


16 de maio de 2009

Cuidar do jardim

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Buscamos respostas as nossas angústias a todo o momento. Queremos mudanças a cada instante. Resistimos a elas e mais ainda em aceita-la quando aparecem. Estamos sempre querendo saber o que e o porquê daquilo que não conseguimos entender ou responder. As crenças religiosas aliviam esta angústia interior humana. Mesmos com as respostas espirituais e com a transferência de tudo aquilo que não conseguimos entender para Deus. Continuamos angustiados. A morte nos assusta. A solidão nos apavora. O envelhecimento nos faz tremer com a possibilidade de nos tornar dependente e imprestável para vida. Olha, que quanto mais velho ficamos melhor estamos. O que fazer com este vulcão em constante erupção? Que pena, não tenho a resposta. Aprendi apenas que buscar o que não conhecemos ou entendemos nos torna mais angustiados e o nos que resta é continuar respirando e vivendo a vida, que é boa, quando vivida. Como dizia Mario Quintana: “Não precisamos caçar as borboletas e sim cuidar dos jardins, que elas aparecem”.