30 de julho de 2010

A política que muda para ficar igual.


Qualquer um dos dois candidatos que chegue ao Planalto. Farão mudanças. Para que as coisas fiquem como estão. A terceira candidata não emplaca. Está isolada. Não sei nem, se será o fiel da balança no segundo turno.
Um dia acordaremos depois de ouvir Chico Buarque, cantando com sua voz chinfrim, " Apesar de Você" e faremos coro com ele. Estaremos com o mesmo sorriso que ele deixa transparecer em verso. "E eu vou morrer de rir. Que esse dia há de vir. Antes do que você pensa" .
Nesse dia as coisas não mudarão. Elas vão acontecer.
Estou com um medo tamanho do que está por vir. Já se vão mais 5000 anos e continuamos os mesmos, com as mesmas reclamações, com os mesmos problemas, com as mesmas esperanças, frustrações, ódios, rancores e sem nenhuma solução prática e muito pouco amor para nossas vidas (políticas).

25 de julho de 2010

É... assim caminha a humanidade


Hoje em uma conversa interessante, chegamos a conclusão que o tempo para o mundo acabou. Nós humanos vamos conseguir acabar com o mundo. Nossa incapacidade de conseguir achar um novo modelo econômico para os habitantes do nosso planeta viver, nos fará por destruir o que temos em favor do capital. Quem comanda o capital não larga o osso. Quem pensa na sobrevivência humana quer a redução da ganância, sim, porque é ela que faz a roda insana do capitalismo desenfreado girar. Nós que queremos sobreviver continuamos alimentando o Dragão capitalista, o devorador de vidas, em todos os sentidos. Não sabemos sobreviver de outra maneira. Enquanto não se chega a uma conclusão. O planeta se entrega e se vinga, ele não aguenta mais. Os humanos não suportam o descontrole ambiental, com tantas enchentes, buracos na camada de ozônio, furacões, tornados, tsunames, vazamentos de petróleo e outras desgraças que estão acontecendo mundo afora.

O que fazer? Raul Seixas diria: " ...sentar com a boca escancarada e cheia de dentes e esperar a morte chegar". Zeca Pagodinho talvez proponha: " beber uma cerveja gelada para controlar o estresse da derrota". Será esse o futuro promissor, prometido pelo progresso para humanidade? Vamos concordar com Aldous Huxley? Talvez a ficção utópica seja a saída. Será que somos mais capazes do que isso? De nos destruir.

Não podemos esquecer que no modelito atual é a economia que determina a vida. Mudar esta ótica é tirar o osso da mão de quem não quer largar, é conflito, sem a mínima condição de se prever absolutamente nada, muito menos saber qual será a consequência dessa brincadeira de mau gosto. Mesmo correndo o risco do mundo acabar e os humanos serem extintos. Vamos continuar a alimentar o Dragão, cantar Raul acompanhado dos conselhos de Zeca.

Pobre das gerações futuras, que tem o melhor da tecnologia e sem tempo para viver.

É... assim caminha a humanidade.

10 de julho de 2010

A nossa essência é pura e justa

A evolução vem vagarosamente, levamos mais de sete milhões de anos para evoluir quase nada. Demos um salto tecnológico em duzentos anos.
Economicamente continuamos a concentrar riquezas. Nossos valores ainda são muito materiais e excessivamente egoístas. Socialmente melhoramos em que? Onde? Criando filhos no abandono do lar, à mercê da televisão e dos viciantes jogos de computador? É para os meninos aprenderem a ser solitários e inseguros desde pequenos? E assim a gente tem mais tempo para perder, mais tempo ganhando aquilo que nós nem precisamos?
A tecnologia que veio para nos dar tempo nos escraviza e nos tira o foco da vida com a qualidade que desejamos e que sonhamos. Isto é real.
O modelo imposto por quem chegou bem antes continua prevalecendo. Ganhar cada vez mais para gastar cada vez mais, em coisas cada vez menos importante para a gente ser feliz. Investimos na sobra e naquilo que não usamos e mesmo assim vamos tentando evoluir. Mentindo para nós, assim: Ter uma TV em cada cômodo da casa é fundamental para nossa felicidade. Assim, a gente não precisa ver a família e os amigos, (que às vezes são uns chatos) nem mesmo sentar para jantar ou almoçar juntos e nos conhecer um pouco mais. A gente muda todo dia. Prá que?
Eu tenho a TV, o computador e meus grandes amigos virtuais que eu nunca nem toquei ou ao menos os vi. Agora tenho um celular também, para ampliar a solidão nas minhas relações através das mídias sociais.
O que deixaremos para as gerações futuras? O consumo inútil? Ter o que não se precisa? Agindo assim a gente se sente mais poderoso, imbatível e impune?
As gerações terão a sagrada violência? Aquela mostrada na mídia, para vender jornais, revistas, telejornais, sites de informações e notícias com requintes de crueldade. O ser humano é mau por instinto?
Deixaremos solidão e mentiras de uma nova vida? Felicidade sem ser feliz? Saúde sendo doentes?
Não creio que será esse o nosso futuro. Porque com tudo isso, a nossa essência é pura e justa. Continuaremos evoluindo e aos poucos entenderemos que precisamos desconstruir o nosso mundinho feito por quem chegou bem antes da gente. Eles acreditavam que esta revolução era tudo de bom. Tá tudo errado. E o certo? Não sabemos o que é, ainda.
Os grandes pensadores da atualidade estão entendendo que o socialismo e o capitalismo morreram, que precisamos de outro modelo e ele começa pela educação igual para todos. Talvez assim cheguemos a nirvana utópica de Marx, ou outro modelito de mundo mais feliz.
Tô nessa busca!

2 de julho de 2010

De volta as viagens

Bem, após uma parada, longa é bem verdade, retorno a contar histórias de viagens e de vida.
Eu o Brasil e a minha moto.
Agora estou em Vila Velha, Espirito Santo, vim rever uns amigos, relembrar uns tempos que andei por aqui. Confesso que me impressionei com que vi.
A cidade está transformada. Enorme, cheia de espigões. Quando sai daqui, lá pelos anos 80 quase 90, Coqueiral de Itaparica, tinha apenas um conjunto de prédios, ao fundo. Hoje é uma exposição de espigões, com arquitetura moderna.
No fundo isso me entristece. Este modelo de Sociedade Vertical está fadada ao fracasso. A falta de qualidade de vida, a violência e a todas as mazelas negativas de um grande centro estão ali reunidos.
Me pergunto se o tratamento de esgoto também foi planejado como foram a aparência dos prédios. Quero acreditar que sim.
Numa área de 800 mestros quadrados é para viver 3 no máximo, muito máximo, 4 famílias e os caras colocam para viver algo entorno de 120. Não pode dar certo. O que fazer? Só me resta protestar.
Mas as praias continuam lindas, o povo continua amistoso e receptivo. O estado é maravilhoso.
Cheguei a noitinha, tinha passado a pouco o por do sol, passei pela orla e vi um monte de motos paradas, como se fosse um encontro. Resolvi parar. Ali fiquei até o inicio da madrugada, num papo animado e divertido. Conheci um monte de gente que gosta de moto, vento na cara e liberdade de ir e vir.
Ri muito, quando soube que o encontro era para comemorar o velório do Marcelo. O cara estava lá. No dia anterior tinham dado a notícia que ele tinha morrido num acidente. Houve uma comoção entre os amigos, até se descobrir que não foi ele o Marcelo que faleceu. A turma se juntou e fez o velório do cara com um belo churrasco. Até pensei em ficar para a missa de sétimo dia, programada para a próxima quarta feira. Mas tenho de estar em Brasília no sábado. Depois do jogo(BrasilxHolanda) parto para seguir minha jornada.
No caminho do Rio para Vitória, é bom ter um cuidado dobrado com os irresponsáveis de plantão. Os caras ultrapasssam em faixa dupla e jogam o carro na sua cara, uns ainda piscam os faróis como se estivesse se desculpando. Mas não deixa de ser irresponsável apesar da educação.
A estrada está boa e em alguns trechos falta sinalização mas no geral está tranquila.