20 de dezembro de 2010

Qual a diferença do centro de Divinópolis e o centro do Rio de Janeiro?


Pois é... Em passagem por Divinópolis, eu vi que o centro aqui tem trânsito confuso, com sinal e tudo, igualzinho a lá. Mãe atrás de menino travesso que foge da mão, "cachaça" pedindo ajuda para tomar mais uma, mercado popular tumultuado de gente, todos os bancos que tem lá, fila, camelô, rebolados interessantes e outros menos, gente apressada que não olha para os lados, mais isso a gente perdoa porque é herança capitalista e quando essa gente nasceu o modelito já estava pronto e como quando se está tão focado em ganhar não sei o quê, não se tem tempo mesmo de contemplar o mundo. Tem self service, praça, cheia de gente à toa, velhinhos, cafezinho, muito comércio, guarda multando quem não cumpre a lei, só não sei se ele recebe "dez realprá aliviar. Não perguntei. Vai que aceita. Aí  no Rio. Igreja antiga espremida no meio de espigões, casa velha, prédio novo. Carro de som. É... mais tem uma diferença que é única. Aqui tem "uai "! Lá não. "? "Mermão"! O resto é igualimigualim...

17 de dezembro de 2010

O homem é Deus? Ou um mero instrumento social?



Tempos Modernos - Charles Chaplin.



Sempre me pergunto isso. Voltando ao tempo para entender o misticismo humano, vimos que nos primórdios da humanidade o homem não tinha respostas para os fenômenos da natureza, os acontecimentos incomuns, a morte, o nascimento entre outras dúvidas. Na busca dessas respostas criou seus mitos e suas crenças.
Hoje apesar de todo avanço tecnológico e da disseminação da informação, ele continua sem respostas. Não conseguiu superar a sua maior angústia que é a morte, e essa é inerente a todo ser humano. No mundo ocidental o cristianismo se tornou a bengala e a resposta para todos os tormentos humanos. Ficou fácil aceitar tragédias, perdas, bênção e outros acontecimentos como se fosse uma obra divina feita por um criador e a morte passou a não existir e para isso foi criada a vida eterna através do paraíso, do purgatório e do inferno e o lugar é reservado de acordo com o comportamento do sujeito durante a sua vida na sociedade dele. Aqui ele não passa de uma engrenagem social, onde sua vida é manipulada de acordo com os interesses dos que comandam os caminhos da sociedade e ficou claro quando Constantino III, para resolver o caos social em que o Império vivia, tornou o Cristianismo a religião oficial do Império Romano. A Revolução Industrial reforçou os princípios de que o indivíduo
e uma engrenagem social. As outras religiões que derivaram do cristianismo seguem o mesmo princípio
Os ateus, agnósticos e outros com pensamentos mais concretos não aceitam essa versão religiosa com a verdade única, entendem que Deus é inexistente, alguns aceitam no máximo como uma energia e lembrando quando o indivíduo morre o mundo acaba e ele o único capaz de mudar o curso da vida dos homens. Por tanto todo ser humano é um Deus.
Enquanto a discussão se amplia, os seres humanos vão nascendo, vivendo e morrendo, sem ter a resposta e nem o porque? A angústia da morte continua a nos atormentar e sem resposta para ela. Se transforma em uma inconveniente incógnita.
Como dizia Shakespeare: " ser ou não ser. Eis a questão". Eu continuo me perguntando: Deus ou ser social? E assim vou morrendo todo dia um pouquinho e sem a reposta. Enquanto ela não chega, vou vivendo intensamente. Como é bom viver!

9 de dezembro de 2010

A viagem continua....

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Depois de assistir a famigerada derrota do Brasil para a Holanda, peguei a moto e segui viagem em direção a Brasília. Fui acertar um novo negócio. Está caminhando para o fechamento. Que ótimo.
O caminho de Vila Velha/ES para Brasília é via Belo Horizonte e passa-se por João Monlevade. A estrada onde tem as curvas da morte. Já perdi alguns amigos nesta estrada. Se chover o acidente é certo. Subi para Belo Horizonte já previnido dos perigos da estrada e esperando surpresas. Estava chovendo e forte. São quinhentos e poucos quilômetros que demorei uma eternidade para percorrer. Primeiro dois acidentes, sendo um deles bem violento. Fiquei parado quase vinte minutos. Cheguei na hora que estavam retirando o caminhão do meio da estrada. Uma manobra trabalhosa. A chuva castigava com vontade e a velocidade era proporcional a quantidade de água que caia, quanto mais água, mais devagar se andava. Um frio de doer o osso. Parecia não ter fim aquela torneira aberta no céu. A estrada com trechos muito ruins, muitos buracos, calombos, estes são piores que os buracos. Calombo é um buraco tampado com uma quantidade maior de asfalto que cabe no buraco, a sobra forma um calombo no asfalto. Um monte deles pertinho um do outro, é o convite para um tombo. Tem também o asfalto sendo consertado, você passa e parece que furou o pneu da moto. Sem sinalização para dar mais emoção. É preciso ser de circo para não cair. Assim estava a estrada. Continuamos a comer estrada. Pouca estrada, é bem verdade, mas indo em frente. Saímos de Vila Velha, entorno de duas horas da tarde, tocamos até as cinco e meia, quase escurecendo e só conseguimos chegar a Munhuaçu, andamos pouco mais de duzentos quilômetros em quase quatro horas de estrada. Junto comigo chegou outro motociclistas, vinha numa Harley. Estava a caminho de Cotia, São Paulo, vinha do Rio Grande do Norte. Foi com dois amigos, passar as férias, que acabaram ficando pelo caminho com as motos quebradas. Um caiu na ida num conserto de asfalto. Seguiu viagem, mas na volta a moto deu pau, o outro quebrou na volta também. Jantamos e conversamos primeiro sobre motos, é óbvio, defendeu a Harley e eu defendi a minha nega (shadow 750) e acabamos concordando que as duas são excelentes e que as 1600 cilindradas da Harley é uma diferença. Falamos de viagens de motos e outras abobrinhas. Foi um bom papo. No dia seguinte eu seguiria para BH e ele iria pela BR 116 até pegar, em Além Paraíba, o caminho de Volta Redonda e continuar pela Dutra para chegar na sua cidade. Até minha partida o Adilson Jorge (quase um xará) não tinha dado sinal de vida. É bom ir bem descansado, chega um pouco mais tarde, mais chega bem.
Deixamos para o dia seguinte as curvas da morte de João Monlevade, pegaremos elas descansado, com uma boa noite de sono, com os reflexos em dia, sem chuva e menos frio.
Acordei cedo, queria sair as cinco da manhã. A cerração só deixou a gente sair quase as nove da manhã. Foi até bom, assim fiquei de prosa com o pessoal do posto, ouvindo histórias da estradas, todas horrorosas, acidentes de carro, carretas e motos. Os caras não tem outra coisa para falar. Talvez porque eu estava de moto.  Esperei o padeiro chegar com o pão quente e mais prosa com o pessoal do restaurante do hotel. Assim as horas se foram e chegou o momento de montar na nega e tocar o pé na estrada. A partir daí a viagem fluiu, passamos por BH e chegamos em Brasília antes do por do sol, a estrada está boa, toda ela, com uma parada especial no novo Leite ao Pé da Vaca. Bem bonito. Gostava mais do antigo, mas com a duplicação o velho restaurante, mais arborizado, ficou fora de alcance dos viajantes. A próxima viagem está próxima. Deve ser para Itacaré, Maraú e Barra Grande. Vamos contando as aventuras e desventuras dos nossos passeios. Tenho sentido falta de fotos das viagens. Preciso de um equipamento menor para registrar. Apesar de levar um nikon d40X, ela é meio tranbolho para tirar fotos ágeis em cima de uma moto. Tem paisagens lindas, lugares marcantes, pessoas interessantes e falta o registro. Providenciarei uma máquina mais funcional para a próxima viagem. Que filme também e dê no bolso do casaco. O registro da viagem ficará mais interessante.

6 de dezembro de 2010

A arte é simples como tudo que é genial!



O genial sempre é muito simples. O complexo nos faz divagar, entrar em labirintos e em emaranhados idiotas e sem propósitos. Se nós pudermos entender a vida com a sua simplicidade, na pior das hipóteses, seriamos muito mais felizes. As emoções que vem de dentro nos dizem claramente tudo e de forma simples. Eu pergunto: Como conseguimos com a nossa inteligência complicar tanto a vida e o mundo?
Do pó veio a humanidade. O artista retratou a vida, contando uma história com as emoções da música de Kitaro.