As
eleições que se aproximam afloram os debates sobre as reformas políticas que
vem sendo propostas há algum tempo no Congresso. O papo volta à tona.
O
modelo político atual não está mais sendo digerido pelo povo de todas as
classes.
Os
políticos já vêm em descrédito há muitos anos e agora parece que piorou. Antes
alguns eram tidos como corruptos e ladrões. Agora é toda a classe. Essa falta
de credibilidade popular tão acentuada está levando o Congresso a apressar a
reforma política. Nem que seja para mudar para que as coisas permaneçam do
jeito que ta. A divulgação da proposta
leva esses seres desacreditados a crer que o povo acha que eles realmente
querem isso. A demora e atrasos propositais demonstram o contrário.
O
ato cívico de votar está sendo questionado, para não se comprometer, as pessoas
estão deixando de ir às urnas e pagando a multa, é mais barato em todos os
sentidos, tanto moral quanto financeiro, tem-se a sensação de estar isento de
participar dos desmandos políticos, da impunidade dos ladrões, corruptos e
corruptores, trás alívio moral, apesar de não resolver.
A
classe média, aquela que paga a conta, não quer nem ouvir candidatos a qualquer
cargo eletivo tamanho é o descrédito dos rumos políticos e dos próprios
personagens que fazem a política nacional. As classes menos
favorecidas, ainda são iludidas por promessas que não serão cumpridas e aceitam
com mais condescendência os desmandos desses mal feitores de gravatas e
acreditam que terão alguma vantagem, nem que seja durante a campanha. Até
esse padrão e a crença está mudando. Recebem o benefício e não votam, acabam
agindo como eles. Mentindo, o pior para si próprio.
Os
partidos políticos que lutam para colocar seus pares no escalão que
tem acesso ao dinheiro e no poder de decisão e acaba transformando
os partidos em organizações que praticam os mesmos atos de quadrilhas de
bandidos que buscam o dinheiro a qualquer custo. Não importa se vão morrer
algumas centenas ou milhares por falta de hospitais, de subnutrição, em assaltos
ou de balas perdidas ou achadas. O que realmente importa é quanto será
faturado, seja no final do mandato ou do assalto, seja esse a um banco,
comércio ou cofres públicos.
O
julgamento do mensalão teve um lobby forte, inclusive do ex-presidente Lula,
para que não fosse julgado antes das eleições municipais. Pode
atrapalhar a colocação dos seus pares em pontos estratégicos dos governos
municipais e assim engordar os cofres dos partidos e de seus pares
em futuro próximo.
No
link abaixo tem uma prévia de como andam as coisas. A matéria é de fevereiro,
mas de lá para cá pouca coisa andou. A única coisa que continua a mesma é a
safadeza.