27 de junho de 2012

As Eleições e a Reforma Política



  As eleições que se aproximam afloram os debates sobre as reformas políticas que vem sendo propostas há algum tempo no Congresso. O papo volta à tona.
O modelo político atual não está mais sendo digerido pelo povo de todas as classes.
Os políticos já vêm em descrédito há muitos anos e agora parece que piorou. Antes alguns eram tidos como corruptos e ladrões. Agora é toda a classe. Essa falta de credibilidade popular tão acentuada está levando o Congresso a apressar a reforma política. Nem que seja para mudar para que as coisas permaneçam do jeito que ta.  A divulgação da proposta leva esses seres desacreditados a crer que o povo acha que eles realmente querem isso. A demora e atrasos propositais demonstram o contrário.
O ato cívico de votar está sendo questionado, para não se comprometer, as pessoas estão deixando de ir às urnas e pagando a multa, é mais barato em todos os sentidos, tanto moral quanto financeiro, tem-se a sensação de estar isento de participar dos desmandos políticos, da impunidade dos ladrões, corruptos e corruptores, trás alívio moral, apesar de não resolver.
A classe média, aquela que paga a conta, não quer nem ouvir candidatos a qualquer cargo eletivo tamanho é o descrédito dos rumos políticos e dos próprios personagens que fazem a política nacional.  As classes menos favorecidas, ainda são iludidas por promessas que não serão cumpridas e aceitam com mais condescendência os desmandos desses mal feitores de gravatas e acreditam que terão alguma vantagem, nem que seja durante a campanha.  Até esse padrão e a crença está mudando. Recebem o benefício e não votam, acabam agindo como eles. Mentindo, o pior para si próprio.
Os partidos políticos que lutam para colocar seus pares no escalão que tem  acesso ao dinheiro e no poder de decisão e acaba transformando os partidos em organizações que praticam os mesmos atos de quadrilhas de bandidos que buscam o dinheiro a qualquer custo. Não importa se vão morrer algumas centenas ou milhares por falta de hospitais, de subnutrição, em assaltos ou de balas perdidas ou achadas. O que realmente importa é quanto será faturado, seja no final do mandato ou do assalto, seja esse a um banco, comércio ou cofres públicos.
O julgamento do mensalão teve um lobby forte, inclusive do ex-presidente Lula, para que não fosse julgado antes das eleições municipais.  Pode atrapalhar a colocação dos seus pares em pontos estratégicos dos governos municipais e assim engordar  os cofres dos partidos e de seus pares em futuro próximo.
No link abaixo tem uma prévia de como andam as coisas. A matéria é de fevereiro, mas de lá para cá pouca coisa andou. A única coisa que continua a mesma é a safadeza.