20 de dezembro de 2010

Qual a diferença do centro de Divinópolis e o centro do Rio de Janeiro?


Pois é... Em passagem por Divinópolis, eu vi que o centro aqui tem trânsito confuso, com sinal e tudo, igualzinho a lá. Mãe atrás de menino travesso que foge da mão, "cachaça" pedindo ajuda para tomar mais uma, mercado popular tumultuado de gente, todos os bancos que tem lá, fila, camelô, rebolados interessantes e outros menos, gente apressada que não olha para os lados, mais isso a gente perdoa porque é herança capitalista e quando essa gente nasceu o modelito já estava pronto e como quando se está tão focado em ganhar não sei o quê, não se tem tempo mesmo de contemplar o mundo. Tem self service, praça, cheia de gente à toa, velhinhos, cafezinho, muito comércio, guarda multando quem não cumpre a lei, só não sei se ele recebe "dez realprá aliviar. Não perguntei. Vai que aceita. Aí  no Rio. Igreja antiga espremida no meio de espigões, casa velha, prédio novo. Carro de som. É... mais tem uma diferença que é única. Aqui tem "uai "! Lá não. "? "Mermão"! O resto é igualimigualim...

17 de dezembro de 2010

O homem é Deus? Ou um mero instrumento social?



Tempos Modernos - Charles Chaplin.



Sempre me pergunto isso. Voltando ao tempo para entender o misticismo humano, vimos que nos primórdios da humanidade o homem não tinha respostas para os fenômenos da natureza, os acontecimentos incomuns, a morte, o nascimento entre outras dúvidas. Na busca dessas respostas criou seus mitos e suas crenças.
Hoje apesar de todo avanço tecnológico e da disseminação da informação, ele continua sem respostas. Não conseguiu superar a sua maior angústia que é a morte, e essa é inerente a todo ser humano. No mundo ocidental o cristianismo se tornou a bengala e a resposta para todos os tormentos humanos. Ficou fácil aceitar tragédias, perdas, bênção e outros acontecimentos como se fosse uma obra divina feita por um criador e a morte passou a não existir e para isso foi criada a vida eterna através do paraíso, do purgatório e do inferno e o lugar é reservado de acordo com o comportamento do sujeito durante a sua vida na sociedade dele. Aqui ele não passa de uma engrenagem social, onde sua vida é manipulada de acordo com os interesses dos que comandam os caminhos da sociedade e ficou claro quando Constantino III, para resolver o caos social em que o Império vivia, tornou o Cristianismo a religião oficial do Império Romano. A Revolução Industrial reforçou os princípios de que o indivíduo
e uma engrenagem social. As outras religiões que derivaram do cristianismo seguem o mesmo princípio
Os ateus, agnósticos e outros com pensamentos mais concretos não aceitam essa versão religiosa com a verdade única, entendem que Deus é inexistente, alguns aceitam no máximo como uma energia e lembrando quando o indivíduo morre o mundo acaba e ele o único capaz de mudar o curso da vida dos homens. Por tanto todo ser humano é um Deus.
Enquanto a discussão se amplia, os seres humanos vão nascendo, vivendo e morrendo, sem ter a resposta e nem o porque? A angústia da morte continua a nos atormentar e sem resposta para ela. Se transforma em uma inconveniente incógnita.
Como dizia Shakespeare: " ser ou não ser. Eis a questão". Eu continuo me perguntando: Deus ou ser social? E assim vou morrendo todo dia um pouquinho e sem a reposta. Enquanto ela não chega, vou vivendo intensamente. Como é bom viver!

9 de dezembro de 2010

A viagem continua....

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Depois de assistir a famigerada derrota do Brasil para a Holanda, peguei a moto e segui viagem em direção a Brasília. Fui acertar um novo negócio. Está caminhando para o fechamento. Que ótimo.
O caminho de Vila Velha/ES para Brasília é via Belo Horizonte e passa-se por João Monlevade. A estrada onde tem as curvas da morte. Já perdi alguns amigos nesta estrada. Se chover o acidente é certo. Subi para Belo Horizonte já previnido dos perigos da estrada e esperando surpresas. Estava chovendo e forte. São quinhentos e poucos quilômetros que demorei uma eternidade para percorrer. Primeiro dois acidentes, sendo um deles bem violento. Fiquei parado quase vinte minutos. Cheguei na hora que estavam retirando o caminhão do meio da estrada. Uma manobra trabalhosa. A chuva castigava com vontade e a velocidade era proporcional a quantidade de água que caia, quanto mais água, mais devagar se andava. Um frio de doer o osso. Parecia não ter fim aquela torneira aberta no céu. A estrada com trechos muito ruins, muitos buracos, calombos, estes são piores que os buracos. Calombo é um buraco tampado com uma quantidade maior de asfalto que cabe no buraco, a sobra forma um calombo no asfalto. Um monte deles pertinho um do outro, é o convite para um tombo. Tem também o asfalto sendo consertado, você passa e parece que furou o pneu da moto. Sem sinalização para dar mais emoção. É preciso ser de circo para não cair. Assim estava a estrada. Continuamos a comer estrada. Pouca estrada, é bem verdade, mas indo em frente. Saímos de Vila Velha, entorno de duas horas da tarde, tocamos até as cinco e meia, quase escurecendo e só conseguimos chegar a Munhuaçu, andamos pouco mais de duzentos quilômetros em quase quatro horas de estrada. Junto comigo chegou outro motociclistas, vinha numa Harley. Estava a caminho de Cotia, São Paulo, vinha do Rio Grande do Norte. Foi com dois amigos, passar as férias, que acabaram ficando pelo caminho com as motos quebradas. Um caiu na ida num conserto de asfalto. Seguiu viagem, mas na volta a moto deu pau, o outro quebrou na volta também. Jantamos e conversamos primeiro sobre motos, é óbvio, defendeu a Harley e eu defendi a minha nega (shadow 750) e acabamos concordando que as duas são excelentes e que as 1600 cilindradas da Harley é uma diferença. Falamos de viagens de motos e outras abobrinhas. Foi um bom papo. No dia seguinte eu seguiria para BH e ele iria pela BR 116 até pegar, em Além Paraíba, o caminho de Volta Redonda e continuar pela Dutra para chegar na sua cidade. Até minha partida o Adilson Jorge (quase um xará) não tinha dado sinal de vida. É bom ir bem descansado, chega um pouco mais tarde, mais chega bem.
Deixamos para o dia seguinte as curvas da morte de João Monlevade, pegaremos elas descansado, com uma boa noite de sono, com os reflexos em dia, sem chuva e menos frio.
Acordei cedo, queria sair as cinco da manhã. A cerração só deixou a gente sair quase as nove da manhã. Foi até bom, assim fiquei de prosa com o pessoal do posto, ouvindo histórias da estradas, todas horrorosas, acidentes de carro, carretas e motos. Os caras não tem outra coisa para falar. Talvez porque eu estava de moto.  Esperei o padeiro chegar com o pão quente e mais prosa com o pessoal do restaurante do hotel. Assim as horas se foram e chegou o momento de montar na nega e tocar o pé na estrada. A partir daí a viagem fluiu, passamos por BH e chegamos em Brasília antes do por do sol, a estrada está boa, toda ela, com uma parada especial no novo Leite ao Pé da Vaca. Bem bonito. Gostava mais do antigo, mas com a duplicação o velho restaurante, mais arborizado, ficou fora de alcance dos viajantes. A próxima viagem está próxima. Deve ser para Itacaré, Maraú e Barra Grande. Vamos contando as aventuras e desventuras dos nossos passeios. Tenho sentido falta de fotos das viagens. Preciso de um equipamento menor para registrar. Apesar de levar um nikon d40X, ela é meio tranbolho para tirar fotos ágeis em cima de uma moto. Tem paisagens lindas, lugares marcantes, pessoas interessantes e falta o registro. Providenciarei uma máquina mais funcional para a próxima viagem. Que filme também e dê no bolso do casaco. O registro da viagem ficará mais interessante.

6 de dezembro de 2010

A arte é simples como tudo que é genial!



O genial sempre é muito simples. O complexo nos faz divagar, entrar em labirintos e em emaranhados idiotas e sem propósitos. Se nós pudermos entender a vida com a sua simplicidade, na pior das hipóteses, seriamos muito mais felizes. As emoções que vem de dentro nos dizem claramente tudo e de forma simples. Eu pergunto: Como conseguimos com a nossa inteligência complicar tanto a vida e o mundo?
Do pó veio a humanidade. O artista retratou a vida, contando uma história com as emoções da música de Kitaro.

30 de novembro de 2010

O Tiro no Pé


A invasão da Vila Cruzeiro e o Morro do Alemão foi um desastre. Uma beleza para mídia nacional e internacional. Serviu para vender jornal, espaço publicitário e também para os cariocas se sentirem um pouco aliviados, enfim, as autoridades se manifestaram a seu favor. Viva!

Só serviu para isso. Infelizmente. Nos enganar. Ah! serviu também para esconder as verdadeiras facetas do crime organizado.

Mudar para que as coisas continuem do mesmo jeito. Uma técnica antiga e muito eficiente.

A polícia calculava entorno de 500 traficantes, a TV mostrou quase 200 fugindo da Vila Cruzeiro para o Alemão.  É impossível a inteligência da polícia não saber da passagem existente entre os morros focados na ação policial. Uma pergunta que não quer calar!

Aquele canal de fuga foi deixado propositalmente ou foi uma falha de estratégia? Talvez tenha sido deixado para que ali se pudesse  eliminar os miseráveis, em todos os sentidos que palavra define um miserável e a TV não deixou isso acontecer.  O imaginário popular divaga!

Prenderam pouco mais de 100 dos quase 500 existentes. Os restantes as autoridades admitem que fugiram. Agora eles estão sem ponto, sem droga, sem medo, com raiva, armados até os dentes e precisando de dinheiro para se organizarem. O que se espera desses "fugentes"? É que eles venham a "tocar um terror" no Brasil.  É pouco provável que grande parte deles ainda estejam no Rio de Janeiro. Olha o imaginário popular aí de novo! Podem ter fugido para outros estados. É uma possibilidade real. Os demais estados brasileiros não estão preparados para enfrentar o armamento que esses infelizes usam e dominam. A mídia tem relatado  alguns assaltos em cidades do interior em que a polícia se sente desprotegida, quem diria a polícia desprotegida,  contra esses "cães de guerra". Pior e que por mais irônico que pareça é verdade.

O erro foi de estratégia. Deveriam ter prendidos todos os fugitivos e não o fizeram. Deixaram fugir. Agora além da gente ter que dominar nosso medo, temos também de assistir a mídia informar que as autoridades declaram que não existem vagas nos presídios para todos os mandatos de prisão. Tenha coragem Brasil! Só resta essa esperança!

Uma solução política, que esperamos que seja tomada com a mesma eficiência que foi a ação policial nos morros. Solução que depende apenas de uma "canetada" dos governantes.  Para a construção dos presídios e para a as ações sociais que serão necessárias para que outros miseráveis não ocupem o lugar dos expulsos ou mesmo que a comunidade tenha força para não deixar os antigos voltarem.  Olha o imaginário popular aí de novo! A gente pensa! A verdade é que tem muita gente faturando e alto com a manutenção da violência desenfreada que assola a Pátria Amada. Não são os trabalhadores, onde se inclui como trabalhadores, todos os empregados, empregadores e funcionários públicos. O verdadeiro bandido que lucra com a violência está como o malandro citado na decepcionante visita a Lapa por Chico Buarque, ele está de terno, gravata e capital,  não mora lá longe e nem chacoalha no  trem da central.

22 de outubro de 2010

A diferença da Democracia Capitalista e da Democracia Que a Gente Sonha.



A Democracia Que a Gente Sonha é assim: A gente fala, a gente se expressa e somos ouvidos,  questionados e há o debate.
A Democracia Capitalista é assim: A gente fala, a gente se expressa e acabamos mudo.


25 de setembro de 2010

A Força das mídias sociais

A menina queria apenas comemorar o aniversário com seus amigos mais chegados. Convidou 15 pessoas para a festa. Ela, a festa,  acabou no facebook e 21 mil pessoas confirmaram presença. Imagine o problema. A menina como castigo ficou sem computador e a polícia foi acionada para qualquer eventualidade. A princípio chega a ser muito engraçado. Um olhar mais atento ao fato concluimos:  que assistimos foi o crescimento assombroso das mídias sociais na divulgação de eventos sociais, comerciais ou de qualquer outro cunho.

A publicidade está mudando, a internet a cada dia nos prepara uma nova surpresa. A TV aberta está entrando em colapso com a chegada da internet e a TV digital. Continua muito forte, mais vem perdendo espaço ou melhor, público. Os artistas estão divulgando e lotando seus shows através das mídias sociais. Não anunciam mais em rádios ou TV, apenas nas mídias sociais e os ingressos esgotam-se num piscar de olhos. Aqueles que acreditam nessa força estão colhendo os frutos dessa nova maneira de anunciar.

Pesquisar o funcionamento desse fenômeno está sendo minha ocupação no momento. Quero entender melhor o comportamento humano nesses tempos de tecnologias avançadas, disponíveis e baratas. Estou impressionado com a sua força e principalmente pela fidelidade alcançada pelos participantes. O custo final é brincadeira se comparado as verbas que antes eram investidas para divulgar um acontecimento, intitucional, promocional, político, cultural ou de qualquer natureza.

Pare, observe e pense na velocidade com que a informação chega e como se pode tirar proveito para a vida pessoal, profissional e corporativa.
Salve a tecnologia que deixou o mundo menor, muito menor.

Clique no título e leia a matéria publicada pelo portal da Globo.

19 de setembro de 2010

Tudo se Repete


A moda se repete, a política se repete, as histórias se repetem. A única coisa que não se repete e a indignação por tudo que leio, escuto e assito. A decisão que precisamos tomar ,passa por nossos principios, nosso entendimento de ética, por nossos valores, que foram tantas e tantas vezes nos ensinados por nossos pais que chegaram a ser impostos. Passa pela vergonha na cara e pela nossa capacidade de não ceder diante da proposta capitalista: Capital, a qualquer custo.
O capital se mistura com poder. Um é o incesto do outro. A relação promíscua dos dois. Envergonha, entristece e desilude.
Nos treinamentos de segurança havia um exercico muito interessante que era basicamente assim:
Numa situação de emergênica você tem 1 minuto para se salvar.
Qual a possibilidade de você sair com vida dessa situação?
Só existe uma. Pensar em sair daquela situação durante 40 segundos e agir em 20 segundos. Assim é a situação política que os brasileiros estão vivendo. Terão de pensar até o dia 03 de outubro e agir na hora do voto. Espero que possamos sobreviver. Na situação de emergência era só você que tinha a responsabilidade de se salvar. Nas eleições somos alguns milhões que precisam pensar e agir para nos salvar.
Abra a cerveja, que esta esteja bem gelada, ponha a mesa no chão que o chão tá posto e vamos esperar cantando " Apesar de Você. Torcendo como torceram os flamenguista na decisão com o Vasco quando Pet pegou a bola para bater a falta e a bola tinha de entrar se não acabava o tempo e se ía o campeonato junto. Ele fez o gol, o Flamengo foi campeão. Vamos todos de todos os times torcer para que a bola entre no último minuto.  Aí, seremos campeões.

2 de setembro de 2010

O tempo e o dinheiro

 

 É incompatível o tempo e o dinheiro. Quando você se propõe a ganhar dinheiro, você compromete o tempo de viver. Sendo o mundo contemplativo a escolha entre o tempo e o dinheiro acaba sendo um grande conflito interior. O mundo capitalista não te permite contemplar nada que não seja o capital. Aí, meu amigo já era. O consumo entrou na sua alma, os valores são cifrões e o resto que te rodeia é apenas um meio para se ter mais capital. Enquanto aquele que optou pelo tempo, é mais romântico e condescendente com vida, menos exigente com os bens materiais e muito mais alegre. Mas com pouco capital, para usufruir o que o mundo que ele contempla tem a oferecer. Ainda bem que inventaram a internet para tornar este mundão de meu Deus (assim é dito no interior) pequenino e alcançável.

Chega determinado momento na vida, que se vê, que o tempo passou rápido demais e quem optou pelo capital, provavelmente ficou rico ou bem de vida e não viveu o que o capital podia proporcionar. O optante do tempo, viveu, curtiu, se apaixonou intensamente com tempo para amar todos que te rodearam, mas não teve o capital para aproveitar o tempo que tinha.

Felizes são aqueles que já nasceram com capital e entenderam bem cedo que o mundo é contemplativo e poderiam aproveitar seu capital com tempo. As vezes muito tempo, outras vezes nem tanto e assim a vida passou e foi boa por ter sido vivida. Intensamente.

22 de agosto de 2010

SERtão CARIOCA -

Revendo alguns vídeos, lembrei deste filme que vem sendo pedido para ser concluído.
Uma história real de como o mundo muda e gira. Nós aqui, ficamos na torcida para que a mudança venha e cruzamos os dedos que  seja sempre para melhor. As vezes... sei não... sei não...

14 de agosto de 2010

A cavalgada da princesa



Andava muito tempo longe de Brasília, apesar de não ter muito prazer em viver aqui, ela me remete a boas lembranças da infância e adolescência repartidas entre o Rio de Janeiro e ao cerrado candango.
Bons e fiéis amigos estão por aqui. Contudo prefiro o mundo.
Esta minha estada por aqui está sendo muito curtida. Tenho dado a atenção aos meus filhos que há muito tempo não fazia. Tenho 3 aqui. Por isso já valeu.
Nesta época do ano Brasília é muito seca e parece que o fenômeno está se espalhando para outras regiões do Brasil, li hoje no jornal que são nove estados que vem sofrendo com a seca. Então só me resta beber água, muita água e uma cervejinha de vez em quando.
No último fim de semana fui com a " filhada" no Rancho Canabrava almoçar e me divertir um pouco com passeios a cavalo, 
arborismo e outros afazeres rurais. A minha "Patricinha" que atende pelo nome de Carol andou a cavalo e reclamou da areia da arena que entrava na sandália. Por isso ganhou um presente. Um filminho feito no power point. Muito fresquinha a minha gatinha.
Assista e divirta-se.




8 de agosto de 2010

Nunca é muito assistir novamente um espetáculo emocionante

*
Há dois anos eu postei um espetáculo de dança do Momix. Por ser  tão divino,  resolvi postá-lo novamente. Tenho certeza que quem já assistiu o fará novamente de bom grado.
A música se chama 'Il migliori anni della nostra vita', cantada por Renato Zero.


5 de agosto de 2010

O boom imobiliário brasileiro





Muito se tem falado do aquecimento imobiliário no Brasil. Alguns economistas acreditam existir uma bolha  neste mercado e quando ela estourar muita gente vai perder dinheiro.
Agora no mercado imobiliário de Brasília, ninguém acredita nisso. O preço do metro quadrado está só subindo e a procura aumenta mais ainda. Os pessimistas dizem que os apartamentos fechados em Águas Claras (o maior canteiros de obra do Brasil)  são indicios de que a casa vai cair. A turma que torce contra, acredita que o preço vai cair. Esquecem que Brasília tem uma população flutuante que cresce a cada quatro anos. São os deputados federais, senadores, ministros, novos dirigentes de estatais que chegam e trazem consigo um batalhão de auxiliares e " aspones " a cada renovação do plantel político do governo.
Os que foram substituídos não vão embora, ficam por aqui. Afinal é na capital que se resolve o problema da lâmpada queimada da rua lá no interior de Caicó. O dinheiro sai daqui, para trocar a lâmpada lá, perde-se o cargo mas não se perde os esquemas e lobbys. A cada quatro anos chegam mais e mais investidores para manter o preço dos imóveis na camada estratosférica que estão. Até construtoras voltadas para população de baixa renda não resistiu e veio construir para classe média. A bolha pode estourar no Brasil, mas em Brasília eu particularmente duvido.

2 de agosto de 2010

A Polinésia Brasileira




A Polinésia Brasileira existe. Fica pertinho de Salvador, a menos de 250 quilômetros. Entre o mar, a Lagoa do Cassange e rio Camamú existe um lugar especial para viver, passear, investir e curtir muito.
Península de Maraú. Quem não conhece tem de ir lá, que já foi, tá na hora de voltar. Digo mais, a cerveja é gelada, o peixe é fresco, a gente é boa e o visual é do paraíso sonhado e desejado.





30 de julho de 2010

A política que muda para ficar igual.


Qualquer um dos dois candidatos que chegue ao Planalto. Farão mudanças. Para que as coisas fiquem como estão. A terceira candidata não emplaca. Está isolada. Não sei nem, se será o fiel da balança no segundo turno.
Um dia acordaremos depois de ouvir Chico Buarque, cantando com sua voz chinfrim, " Apesar de Você" e faremos coro com ele. Estaremos com o mesmo sorriso que ele deixa transparecer em verso. "E eu vou morrer de rir. Que esse dia há de vir. Antes do que você pensa" .
Nesse dia as coisas não mudarão. Elas vão acontecer.
Estou com um medo tamanho do que está por vir. Já se vão mais 5000 anos e continuamos os mesmos, com as mesmas reclamações, com os mesmos problemas, com as mesmas esperanças, frustrações, ódios, rancores e sem nenhuma solução prática e muito pouco amor para nossas vidas (políticas).

25 de julho de 2010

É... assim caminha a humanidade


Hoje em uma conversa interessante, chegamos a conclusão que o tempo para o mundo acabou. Nós humanos vamos conseguir acabar com o mundo. Nossa incapacidade de conseguir achar um novo modelo econômico para os habitantes do nosso planeta viver, nos fará por destruir o que temos em favor do capital. Quem comanda o capital não larga o osso. Quem pensa na sobrevivência humana quer a redução da ganância, sim, porque é ela que faz a roda insana do capitalismo desenfreado girar. Nós que queremos sobreviver continuamos alimentando o Dragão capitalista, o devorador de vidas, em todos os sentidos. Não sabemos sobreviver de outra maneira. Enquanto não se chega a uma conclusão. O planeta se entrega e se vinga, ele não aguenta mais. Os humanos não suportam o descontrole ambiental, com tantas enchentes, buracos na camada de ozônio, furacões, tornados, tsunames, vazamentos de petróleo e outras desgraças que estão acontecendo mundo afora.

O que fazer? Raul Seixas diria: " ...sentar com a boca escancarada e cheia de dentes e esperar a morte chegar". Zeca Pagodinho talvez proponha: " beber uma cerveja gelada para controlar o estresse da derrota". Será esse o futuro promissor, prometido pelo progresso para humanidade? Vamos concordar com Aldous Huxley? Talvez a ficção utópica seja a saída. Será que somos mais capazes do que isso? De nos destruir.

Não podemos esquecer que no modelito atual é a economia que determina a vida. Mudar esta ótica é tirar o osso da mão de quem não quer largar, é conflito, sem a mínima condição de se prever absolutamente nada, muito menos saber qual será a consequência dessa brincadeira de mau gosto. Mesmo correndo o risco do mundo acabar e os humanos serem extintos. Vamos continuar a alimentar o Dragão, cantar Raul acompanhado dos conselhos de Zeca.

Pobre das gerações futuras, que tem o melhor da tecnologia e sem tempo para viver.

É... assim caminha a humanidade.

10 de julho de 2010

A nossa essência é pura e justa

A evolução vem vagarosamente, levamos mais de sete milhões de anos para evoluir quase nada. Demos um salto tecnológico em duzentos anos.
Economicamente continuamos a concentrar riquezas. Nossos valores ainda são muito materiais e excessivamente egoístas. Socialmente melhoramos em que? Onde? Criando filhos no abandono do lar, à mercê da televisão e dos viciantes jogos de computador? É para os meninos aprenderem a ser solitários e inseguros desde pequenos? E assim a gente tem mais tempo para perder, mais tempo ganhando aquilo que nós nem precisamos?
A tecnologia que veio para nos dar tempo nos escraviza e nos tira o foco da vida com a qualidade que desejamos e que sonhamos. Isto é real.
O modelo imposto por quem chegou bem antes continua prevalecendo. Ganhar cada vez mais para gastar cada vez mais, em coisas cada vez menos importante para a gente ser feliz. Investimos na sobra e naquilo que não usamos e mesmo assim vamos tentando evoluir. Mentindo para nós, assim: Ter uma TV em cada cômodo da casa é fundamental para nossa felicidade. Assim, a gente não precisa ver a família e os amigos, (que às vezes são uns chatos) nem mesmo sentar para jantar ou almoçar juntos e nos conhecer um pouco mais. A gente muda todo dia. Prá que?
Eu tenho a TV, o computador e meus grandes amigos virtuais que eu nunca nem toquei ou ao menos os vi. Agora tenho um celular também, para ampliar a solidão nas minhas relações através das mídias sociais.
O que deixaremos para as gerações futuras? O consumo inútil? Ter o que não se precisa? Agindo assim a gente se sente mais poderoso, imbatível e impune?
As gerações terão a sagrada violência? Aquela mostrada na mídia, para vender jornais, revistas, telejornais, sites de informações e notícias com requintes de crueldade. O ser humano é mau por instinto?
Deixaremos solidão e mentiras de uma nova vida? Felicidade sem ser feliz? Saúde sendo doentes?
Não creio que será esse o nosso futuro. Porque com tudo isso, a nossa essência é pura e justa. Continuaremos evoluindo e aos poucos entenderemos que precisamos desconstruir o nosso mundinho feito por quem chegou bem antes da gente. Eles acreditavam que esta revolução era tudo de bom. Tá tudo errado. E o certo? Não sabemos o que é, ainda.
Os grandes pensadores da atualidade estão entendendo que o socialismo e o capitalismo morreram, que precisamos de outro modelo e ele começa pela educação igual para todos. Talvez assim cheguemos a nirvana utópica de Marx, ou outro modelito de mundo mais feliz.
Tô nessa busca!

2 de julho de 2010

De volta as viagens

Bem, após uma parada, longa é bem verdade, retorno a contar histórias de viagens e de vida.
Eu o Brasil e a minha moto.
Agora estou em Vila Velha, Espirito Santo, vim rever uns amigos, relembrar uns tempos que andei por aqui. Confesso que me impressionei com que vi.
A cidade está transformada. Enorme, cheia de espigões. Quando sai daqui, lá pelos anos 80 quase 90, Coqueiral de Itaparica, tinha apenas um conjunto de prédios, ao fundo. Hoje é uma exposição de espigões, com arquitetura moderna.
No fundo isso me entristece. Este modelo de Sociedade Vertical está fadada ao fracasso. A falta de qualidade de vida, a violência e a todas as mazelas negativas de um grande centro estão ali reunidos.
Me pergunto se o tratamento de esgoto também foi planejado como foram a aparência dos prédios. Quero acreditar que sim.
Numa área de 800 mestros quadrados é para viver 3 no máximo, muito máximo, 4 famílias e os caras colocam para viver algo entorno de 120. Não pode dar certo. O que fazer? Só me resta protestar.
Mas as praias continuam lindas, o povo continua amistoso e receptivo. O estado é maravilhoso.
Cheguei a noitinha, tinha passado a pouco o por do sol, passei pela orla e vi um monte de motos paradas, como se fosse um encontro. Resolvi parar. Ali fiquei até o inicio da madrugada, num papo animado e divertido. Conheci um monte de gente que gosta de moto, vento na cara e liberdade de ir e vir.
Ri muito, quando soube que o encontro era para comemorar o velório do Marcelo. O cara estava lá. No dia anterior tinham dado a notícia que ele tinha morrido num acidente. Houve uma comoção entre os amigos, até se descobrir que não foi ele o Marcelo que faleceu. A turma se juntou e fez o velório do cara com um belo churrasco. Até pensei em ficar para a missa de sétimo dia, programada para a próxima quarta feira. Mas tenho de estar em Brasília no sábado. Depois do jogo(BrasilxHolanda) parto para seguir minha jornada.
No caminho do Rio para Vitória, é bom ter um cuidado dobrado com os irresponsáveis de plantão. Os caras ultrapasssam em faixa dupla e jogam o carro na sua cara, uns ainda piscam os faróis como se estivesse se desculpando. Mas não deixa de ser irresponsável apesar da educação.
A estrada está boa e em alguns trechos falta sinalização mas no geral está tranquila.