31 de julho de 2012

No paraíso, nadando no descaso e na ignorância


Há muito tento entender o que leva a um ser humano a imaginar que o poder que lhe é concedido está acima da vida e do bem estar de seus semelhantes.
Até hoje estou sem respostas. Assisto diariamente pessoas  agindo  como gente fosse apenas objetos. Acreditam que o dinheiro é a “coisa mágica” que tudo pode. Esquecem que quando suprimem o conhecimento dos seus com intuito de mantê-los sobre o seu domínio e dependência estão apenas despertando o ódio, a indiferença, a banalização do morrer que é o alimento da violência.
Formando uma sociedade com valores equivocados sobre o que é ser feliz. O consumo indiscriminado não é sinônimo de felicidade é de doença.
Outro dia fui a Trindade, um lugar paradisíaco, e constatei alguns detalhes interessantes.
Havia uns 15 anos que não passava por Trindade.  Na época fui de barco, uma vila de pescador, simpática, tradicional e bela. Boas lembranças.
Retornei de carro, vi as casas dos pescadores transformadas em pousadas, a maioria delas muito simples, vi o desenvolvimento econômico dos moradores, achei  maravilhoso, vi também que junto com o progresso da região foi construído  um posto médico, mas que não tem médico. Parece coisa de político querendo voto.  A maior decepção foi saber que não tem escola em Trindade, os filhos de lá não estudam. Quando foi perguntado onde estudavam as crianças, a caiçara respondeu assim: - Em “Sum Paulo”. 
É... Mas duas igrejas evangélicas tem e na rua principal.

Que fazer! O que pensar! O que esperar ! De um povo que pensa apenas no imediatismo de um capitalismo, que mesmo falido, sobrevive na rebarba da ignorância, da falta de conhecimento e exposto a  manipulação dos inescrupulosos da classe dominante. O futuro a de chegar. É preciso agir.

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