25 de setembro de 2012

O IMPENSÁVEL


                                                                                                                                             

Diariamente acontece com as pessoas aquilo que nós nunca acreditamos que pode   acontecer com a gente. Seja uma viagem ou mesmo uma tragédia. Mas as coisas acontecem com os outros, com a gente só o cotidiano repetido sem novidades importantes. Pensando assim vive a maioria das pessoas, cuja a preocupação maior é o pagamento das contas do mês, com isso ocupam o seu tempo integral ao trabalho e ao estresse. A vida vai passando e vamos deixando de viver. De fazer o que queremos, desejamos, sonhamos e tudo mais que estamos afim e nos dá prazer. Jorge Luiz Borges um poeta argentino que no final da vida nos mostrou o INSTANTE de reflexão que devemos ter diariamente para viver muito e feliz. Quem vive é feliz.  


Instantes


Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.


Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.

Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a serio.

Seria menos higiênico.

Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.

Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida. 

Claro que tive momentos de alegria.

Mas, se pudesse voltar a viver trataria de ter só bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não percas o agora.

Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda chuva e um pára-quedas.

Se voltasse a viver viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim de outono.

Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres, brincaria mais com as crianças, se eu tivesse outra vez uma vida pela frente.

Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.


A vida é boa quando é vivida. Acredite!

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